O escritor e cronista Manuel António Pina ganhou na quinta-feira (12 de Maio) o Prémio Camões, o maior prémio literário de língua portuguesa.
A distinção, justificada pela "inventividade e originalidade" da obra, foi atribuída por unanimidade do júri reunido no Rio de Janeiro.
O Prémio Camões, foi criado em 1989 por Portugal e pelo Brasil para distinguir um escritor cuja obra tenha contribuído para a projecção e reconhecimento da língua portuguesa.
Desde essa data foram laureados dez portugueses nove brasileiros, um moçambicano, um cabo-verdiano e dois angolanos.
Biografia:
Manuel António Pina, tem 67 anos, nasceu na Beira Alta, e é licenciado em Direito.
Trabalha como jornalista para além de ser poeta, autor de livros infantis e tradutor.
Na literatura infantil reúne as seguintes obras: O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), O Têpluquê (1976), Os Dois Ladrões (1983), O Pássaro da Cabeça (1983), Histórias com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas (1984), O Inventão (Prémio Gulbenkian: Melhor Livro Publicado em Portugal em 1986-1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança (2000), entre outras.
Publicou também os volumes de poesia Ainda Não é o Fim nem o Princípio do Mundo Calma é Apenas um Pouco Tarde, Aquele que Quer Morrer (1978, Prémio Casa da Imprensa), A Lâmpada do Quarto? A Criança? (1981), Nenhum Sítio (1984), O Caminho de Casa (1988), Um Sítio Onde Pousar a Cabeça (1991), Algo Parecido com Isto da Mesma Substância (Poesia reunida, 1974-1992) (1992), Farewell happy fields (1993), Cuidados Intensivos (1994), O Anacronista (1994, Prémio Nacional de Crónica Press Club/Clube de Jornalistas), Aniki-Bobó (1997).
Está traduzido em castelhano, dinamarquês, francês, galego e inglês.
Parabéns ao laureado!