Comemora-se hoje o 38º aniversário da revolução do 25 de Abril.
Vamos recordar esse dia.
Comemora-se hoje o 38º aniversário da revolução do 25 de Abril.
Vamos recordar esse dia.
Livro, um companheiro indispensável
Aqui ficam estes bonitos poemas sobre os livros e a leitura.
Um livro
Levou-me um livro em viagem
não sei por onde é que andei
Corri o Alasca, o deserto
andei com o sultão no Brunei?
P’ra falar verdade, não sei.
Com um livro
cruzei o mar,
não sei com quem naveguei.
Com marinheiros, corsários,
tremendo de febres e medo?
P’ra falar verdade não sei.
Um livro levou-me p’ra longe
não sei por onde é que andei.
Por cidades devastadas
no meio da fome e da guerra?
P’ra falar verdade não sei.
Um livro levou-me com ele
até ao coração de alguém
E aí me enamorei -
de uns olhos ou de uns cabelos?
P’ra falar verdade não sei.
Um livro num passe de mágica
tocou-me com o seu feitiço:
Deu-me a paz e deu-me a guerra,
mostrou-me as faces do homem
– porque um livro é tudo isso.
Levou-me um livro com ele
pelo mundo a passear
Não me perdi nem me achei
– porque um livro é afinal…
um pouco da vida, bem sei.
O G é um gato enroscado, João Pedro Mésseder
Os livros
Apetece-me chamar-lhes irmãos,
tê-los ao colo
afagá-los com as mãos
abri-los de par em par
ver o Pinóquio a rir
e o D.Quixote a sonhar
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das duas mãos
(José Jorge Letria)
Eu lia há
muito. Desde que esta tarde
com o seu
ruído de chuva chegou às janelas.
Abstraí-me
do vento lá fora:
o meu livro
era difícil.
Olhei as
suas páginas como rostos
que se
ensombram pela profunda reflexão
e em redor
da minha leitura parava o tempo.
De repente
sobre as páginas lançou-se uma luz
e em vez da
tímida confusão de palavras
estava:
tarde, tarde… em todas elas.
Não olho
ainda para fora, mas rasgam-se já
E quando
agora levantar os olhos deste livro,
nada será
estranho, tudo grande.
Aí fora
existe o que vivo dentro de mim
e aqui e
mais além nada tem fronteiras;
apenas me
entreteço mais ainda com ele
quando o meu
olhar se adapta às coisas
e à grave
simplicidade das multidões,
então a
terra cresce acima de si mesma.
E parece que
abarca todo o céu:
a primeira
estrela é como a última casa.
Livro das Imagens, Rainer Maria Rilke
Ler
Ler sempre.
Ler muito.
Ler “quase tudo”.
Ler com os olhos, os ouvidos, com o tacto, pelos poros e demais sentidos.
Ler com razão e sensibilidade.
Ler desejos, o tempo, o som do silêncio e do vento.
Ler imagens, paisagens, viagens.
Ler verdades e mentiras.
Ler o fracasso, o sucesso, o ilegível, o impensável, as entrelinhas.
Ler na escola, em casa, no campo, na estrada, em qualquer lugar.
Ler a vida e a morte.
Saber ser leitor, tendo o direito de saber ler.
Ler simplesmente ler.
Edith Chacon Theodoro
Hoje, 22 de Abril, celebra-se o Dia Mundial da Terra.
Em 1970, o senador norte-americano Gaylord Nelson resolveu realizar um protesto contra a poluição da Terra,
depois de constatar as terríveis consequências do desastre petrolífero de Santa Barbara, na Califórnia,
ocorrido no ano anterior.
O movimento alastrou e, hoje, este dia celebra-se em todo o mundo.
Um dominó muito oportuno para este mês de Abril,
mês em que se assinala
o Dia Mundial do Livro
No âmbito das comemorações do Dia Internacional do Livro Infantil - 2 de abril
e do dia Mundial do Livro -23 de abril,
as Bibliotecas Municipais de Lisboa realizam a 2ª Arruada da Leitura.
Pretende chamar a atenção para a importância da leitura, da literacia e das
bibliotecas, enquanto espaços de investigação, estudo, informação, partilha e
de repouso.
Consulte aqui o programa
Sinopse:
O leitor é levado a percorrer múltiplos caminhos, entre os mitos e a História, a realidade e o desejo, a literatura e as artes plásticas, o passado e o presente, as relações entre homens e mulheres, a crise civilizacional e a necessidade de repensar o mundo.
A Autora:
Teolinda Gersão nasceu em Coimbra, estudou Germanística e Anglística nas Universidades de Coimbra, Tuebingen e Berlim, foi Leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim, docente na Faculdade de Letras de Lisboa e posteriormente professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde ensinou Literatura Alemã e Literatura Comparada até 1995.
A partir dessa data passou a dedicar-se exclusivamente à literatura. É autora de O silêncio (romance, Prémio Pen Club 1981), Paisagem com mulher e mar ao fundo (romance), Os guarda-chuvas cintilantes (diário ficcional), O cavalo de Sol (romance, Prémio Pen Club 1989), A casa da cabeça de cavalo (romance, Grande Prémio APE 1985; shortlisted para o Prémio Europeu de romance Aristeion), A árvore das palavras (romance), Os teclados (novela, Prémio da Associação Internacional dos Críticos Literários), Os anjos (novela), Histórias de ver e andar (contos, Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco 2002), O mensageiro e outras histórias com anjos (contos), A mulher que prendeu a chuva (contos, Prémio Máxima de Literatura 2008, Prémio de Literatura da Fundação Inês de Castro 2008.