Páscoa!
Estamos na interrupção da Páscoa.
Nestes dias de descanso muita alegria, alguns docinhos e também algumas leituras!
Páscoa!
Estamos na interrupção da Páscoa.
Nestes dias de descanso muita alegria, alguns docinhos e também algumas leituras!
Homenagem a Natália Correia, assinalando os 90 anos de nascimento e os 20 de morte.
Natália Correia nasceu em Ponta Delgada, ilha de São Miguel em 1923 e faleceu em Lisboa no dia 16 de março de 1993.
Fiz um conto para me embalar
Fiz com as fadas uma aliança.
A deste conto nunca contar.
Mas como ainda sou criança
Quero a mim própria embalar.
Estavam na praia três donzelas
Como três laranjas num pomar.
Nenhuma sabia para qual delas
Cantava o príncipe do mar.
Rosas fatais, as três donzelas
A mão de espuma as desfolhou.
Nenhum soube para qual delas
O príncipe do mar cantou
Ouve aqui, o bonito poema "Queixa das almas jovens censuradas "
na voz de Natália Correia com música, arranjo e direcção musical de António Victorino D'Almeida
Programação do "Dia Mundial da Poesia" na casa Fernando Pessoa
A mulher não é só casa
mulher-loiça, mulher-cama
ela é também mulher-asa,
mulher-força, mulher-chama
E é preciso dizer
dessa antiga condição
a mulher soube trazer
a cabeça e o coração
Trouxe a fábrica ao seu lar
e ordenado à cozinha
e impôs a trabalhar
a razão que sempre tinha
Trabalho não só de parto
mas também de construção
para um filho crescer farto
para um filho crescer são
A posse vai-se acabar
no tempo da liberdade
o que importa é saber estar
juntos em pé de igualdade
Desde que as coisas se tornem
naquilo que a gente quer
é igual dizer meu homem
ou dizer minha mulher
Ary dos Santos
Reflexão para o dia internacional da mulher
Nós, mulheres, estamos sempre sob a sombra da lâmina:
impedidas de viver enquanto novas; acusadas de não morrer já velhas.
MIA COUTO, no livro A Varanda do Frangipani
O Caderno Vermelho da Rapariga Karateca
é a primeira obra de Ana Pessoa e venceu a última edição do prémio Branquinho da Fonseca — Expresso/Gulbenkian, na modalidade Juvenil.
“Eu não sou uma menina, sou karateca: o meu maior sonho é ter cinturão negro e ganhar os campeonatos todos de karaté. Tenho um nome, mas estou farta dele (só na minha turma há mais sete raparigas com o mesmo nome que eu). Sou a N. N é a segunda letra do meu nome. ” Está apresentada esta menina de 14 anos que um dia comprou um caderno vermelho e começou a escrever um diário. Não um diário normal, daqueles com coraçõezinhos cor-de-rosa e onde todos os textos começam por “querido diário”. Este é um caderno de 240 páginas em branco, “qualquer coisa por ser”, e onde N vai escrevendo histórias verdadeiras e inventadas, sobre a escola e as aulas de karaté, os rapazes e as raparigas, os amigos e os menos amigos.
A Autora - Ana Pessoa
Nasceu em Lisboa em 1982 e começou a escrever histórias aos 10 anos.
Estudou Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Alemães) na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Saiu de Portugal com 22 anos para fazer um estágio de 6 meses na Alemanha e nunca mais voltou.
Vive em Bruxelas desde 2007, onde trabalha como tradutora.
Tem contos publicados em várias coletâneas e textos premiados em Portugal (incluindo Jovens Criadores '10, Aveiro Jovem Criador 2010 e Jovens Criadores '12) e também noutras paragens (Concurso internacional de contos «Um mar de palavras» 2010, Espanha, Concurso Internacional de Teatro Castello di Duino 2011, Itália).
O caderno vermelho da rapariga karateca
é o seu primeiro livro e está disponível na tua biblioteca.
Na Biblioteca assinalámos este dia com várias atividades em que todos participaram com interesse e entusiasmo.
Aqui ficam algumas fotos.
Exposição
Acordo Ortográfico com Humor