A voz de uma adolescente que desafiou os talibãs.
A obra
É a história, contada na primeira pessoa, da menina que se recusou a baixar os braços e a deixar que os talibãs lhe ditassem a vida.
É também a história do pai que nunca desistiu de a encorajar a seguir os seus sonhos numa sociedade que dá primazia aos homens, e de uma região dilacerada por décadas de conflitos políticos, religiosos e tribais.
Eu, Malala é um livro que nos leva numa viagem extraordinária e que nos inspira a acreditar no poder das palavras para mudar o mundo.
No dia 9 de outubro de 2012, Malala Yousafzai, então com 15 anos, regressava a casa vinda da escola quando a carrinha onde viajava foi mandada parar e um homem armado disparou três vezes sobre a jovem.
Nos últimos anos Malala – uma voz cada vez mais conhecida em todo o Paquistão por lutar pelo direito à educação de todas as crianças, especialmente das raparigas – tornou-se um alvo para os terroristas islâmicos.
A Autora
Malala Yousafzai nasceu em Mingora, Paquistão, em 1997.
No início de 2009 aceitou escrever um blogue para a BBC Urdu documentando a vida sob o regime talibã e a partir daí nunca mais deixou de se fazer ouvir em público em prol do direito à educação.
Em 2011 recebeu o Prémio Nacional da Paz, no Paquistão.
Pouco depois, tanto Malala como o seu pai, Ziauddin, ele próprio proprietário de uma escola e ativista social, começaram a receber ameaças de morte, que culminaram no atentado contra a jovem em outubro de 2012.
Desde a sua recuperação, Malala tornou-se um símbolo da luta pelos direitos das crianças e das mulheres.
Em 2013 foi considerada pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
Em julho do mesmo ano, discursou perante as Nações Unidas, uma honra habitualmente destinada a altas figuras de Estado.
No dia 10 de outubro de 2013 recebeu o prémio Sakharov das mãos do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz e prometeu continuar a defender a educação das crianças e os direitos básicos da população.
Dedicou o prémio aos «heróis anónimos do Paquistão e a todas as pessoas que lutam pelos seus direitos básicos», salientou que há muitas crianças no mundo que, sem acesso a comida nem a água continuam a ter «fome de educação».
«Estas crianças não querem iphones, nem Xbox, nem Playstations, só querem um livro e uma caneta», afirmou no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.